- "A fumaça, a cinza e a ponta podem preservar o verde, se descartadas com consciência".
- "Dê seu "guimba" aos não-fumantes" (Campanha de Solidariedade aos que não fumam).
- "Cigarro, apague essa ideia, se não, deixe aceso o planeta".
Vamos ao tema...
A ideia começou a tomar forma em agosto de 2002 com um acadêmico de Biologia da UnB, Marco Antônio Barbosa. Ele queria produzir papel a partir de materiais pouco usuais.
Orientado pela professora da disciplina, Thérèse, que já pesquisava o desenvolvimento de fontes alternativas para a produção de papel, o "aluno observador" pensou nas "pontas"dos 140 bilhões de cigarros consumidos anualmente no Brasil que formam um microlixo com vida média na natureza de 5 anos.
"Com a pesquisa, desenvolvemos tecnologia que viabilizou a transformação das guimbas em papel permitindo o seu reaproveitamento e reciclagem, falou Thérèse a repórter Andréa Licht (SECOM - UnB).
O projeto foi patenteado junto ao INPI e aguarda resultado do registro de patente para ser divulgado.
Disse mais a pesquisadora: "Interessante frisar é que a tecnologia é passível de replicação junto a catadores de material reciclável e outros grupos ou associações".
DINÂMICA DA PESQUISA - A TECNOLOGIA
O estudo mostrou que transformar guimbas em papel não é tarefa complicada. O principal componente necessário para a reação química - a celulose - está presente de diversas formas na estrutura da guimba: o filtro é composto de acetato de celulose, o fumo contém matéria vegetal (fibras) e a camada externa de papel também são matéria-prima. Carvão e cinzas podem ainda ser usados, embora isso escureça o papel. Esse processo permite que a guimba do cigarro seja inteiramente reciclada.
Segundo Thérèse, os componentes da guimba são altamente higroscópicos, ou seja, absorvem água, o que facilita a reciclagem. Nesse processo, acrescenta-se à bituca uma substância alcalina (como o carbonato de sódio ou a soda cáustica) e calor, de forma a provocar uma reação de hidrólise do grupo acetato de celulose, que é transformado na celulose necessária para fabricar o papel.
ALTERNATIVAS DE COLETA
O que parece ser mais difícil é a coleta desse material.
Para as praias, pensa-se em pás, tipo peneiras, para que a areia escorra e o guimba fique.
Nos ambientes pensa-se em "porta-guimbas", um apetrecho de tubo PET, antes de ser soprado e modelado em garrafas.
Eu entendo que a educação e a conscientização ainda continuam sendo a redenção para a POLUIÇÃO, inclusive dos fumantes.
Toda estratégia é válida, uma empresa que desenvolve projetos na área sócio ambiental com sede em S.Paulo, a Recicleiros, desenvolveu o PORTA-BITUCA.
Transcrevo parte da apresentação do produto que li no site da RECICLEIROS.
"Grande parte das bitucas de cigarros são jogadas no meio ambiente contribuindo para a formação de enchentes e a proliferação de doenças.
A bituca de cigarro é um dos maiores problemas àmbientais das praias. Para combater esse problema, criamos o "porta bituca", um coletor prático com vedação 100% garantida que não deixa o cheiro sair e nem a água entrar.
O porta-bituca é perfeito para carregar na bolsa, no carro ou no bolso da calça, além de poder ser fixado na areia da praia funcionando como um cinzeiro".
O artefato é feito de PET e a tampinha é reaproveitável.
FONTE: Clipping UnB, site da Recicleiros.
Bela idéia de reciclar as bitucas e melhor ainda essa do porta-bituca, se tiver um porta bituca nos locais de compra de cigarro tenho certeza que muita gente vai comprar.
ResponderExcluirAbraço
Adorei a idéia de voces.
ResponderExcluirJá estou a procura do Porta-Bituca para presentear alguns fumantes.
Parabens!!!!!!!!!!!!
Heloisa
14 de Agosto de 2009